A Receita Federal do Brasil anunciou a criação do CNPJ Alfanumérico, que passará a ser adotado em julho de 2026. O objetivo é aumentar a capacidade de emissão de novos registros, evitando o esgotamento do formato atual, que é exclusivamente numérico
O que muda
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O novo CNPJ manterá 14 caracteres, mas agora incluirá letras e números nas primeiras 12 posições — mantendo apenas os 2 últimos dígitos como verificadores
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A inclusão de letras amplia significativamente o número de combinações possíveis — garantindo disponibilidade a longo prazo
Quem será afetado
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Apenas novas inscrições a partir de julho de 2026 receberão o CNPJ alfanumérico — os CNPJs atuais continuam válidos e sem alterações
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Microempreendedores Individuais (MEIs) e empresas já registradas manterão seus CNPJs numéricos; apenas novas matrizes ou filiais serão impactadas.
O que empresas e desenvolvedores devem fazer
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Atualizar sistemas, bancos de dados e rotinas para ler o novo formato.
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Implementar o cálculo do dígito verificador via Módulo 11, considerando valores ASCII das letras — A = 65 → A–48 = 17, B = 18, etc.
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Adotar schemas XSD e expressões regulares atualizadas para os documentos fiscais eletrônicos.
Benefícios
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Evita o esgotamento de registros no próximo ciclo de abertura de empresas.
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Moderniza sistemas, tornando-os mais robustos e preparados para o futuro digital.
Cronograma
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Norma regulamentadora: Instrução Normativa nº 2.229 — publicada em 15 out. 2024
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Primeiros CNPJs alfanuméricos devem ser gerados em julho de 2026
A adoção do CNPJ Alfanumérico representa um importante passo na modernização do cadastro empresarial nacional. Preparar-se agora é fundamental para evitar adaptações de última hora.